segunda-feira, 31 de maio de 2010

AIKISHIZENTAI E IKYO

Palestra ministrada no treinamento de primavera do ano 61 da era Showa (1986).
Seigo Yamaguchi(Um dos maiores mestres de AIkido)

O treinamento para (se alcançar o) Aiki-Shizentai

Para se adquirir o estado de Aiki-Shizentai (Ou seja, deixar o corpo em sintonia com a grande natureza), o que se deve fazer é manter todo o corpo com o sentimento de kokyu e imaginar como como se o centro de gravidade passe pelo centro do nosso corpo; Deve-se deixar de lado o sentimento de "preparar-se para algo" mantendo o corpo e o espírito livre para que funcione a natureza e suas leis que já existem naturalmente em nossas reações. Como esta atitude a energia concentra-se no tanden consequentemente trazendo a postura de livre interação, isto é, o Aiki-shizentai.

Nesta postura, natural e centrada s alguém nos tocar certamente será desequilibrado. Isto é porque o (a capacidade de) movimento naturalmente existente no ser humano é ativada instantaneamente como o toque. É a manifestação da lei do aikikokyu, do irimitenkan. No momento do toque é importante não deixar que a consciência do toque seja apenas focada no pensamento pois ela é desnecessária e atrapalhará os nossos movimentos. Pessoas sem esta maestria quanto estão treinando , agem com o pensamento de subjugar os oponentes, confiando inutilmente no uso da força acreditando que se a técnica correta for feita e forçamos para que ela ocorra ela vai funcionar. É difícil parar para refleti nestes instantes .Se a técnica não funcionar acabamos pensando que o o problema está na técnica errada e não em nossa atitude e postura. Também é equivocado que o treino tem por objetivo, a competição, ou a guerra e o conflito, que são no fundo esforços inúteis e sem resultado. Se as pessoas treinam com este espírito equivocado, mais à frente, o conserto será muito mais difícil.
Acredita-se que os mestres antigos de budo, apesar de em diferentes formatos, acabaram essencialmente ditando a importância do shizentai verdadeiro. (Ou seja, de se agir sempre de forma natural diante de um ataque ou conflito). No Shinkageryu(Escola de esgrima), é instruído que onde em um conflito se encontra kamae( ou seja uma postura pré arranjada), estará o guerreiro em uma atitude de satsu (morte) e onde não há kamae (postura natural), estará em uma atitude de katsu (vida). Musashi em seus textos sempre desaconselhou veementemente de que o corpo e o espírito perdessem as suas naturezas. Estes ensinamentos são valiosos e contem peso pois vieram de pessoas que caminharam por campos de guerra e sobreviveram a inúmeras batalhas de vida ou morte. De toda forma, pode-se pensar que a atitude de aikishizentai é a fonte da manifestação das técnicas do Aikido e, o atingir a realização de sua autoconsciência seria o fim extremo da pratica do Aikido.

Sobre o treinamento de Daiikkyo

Conta-se que no Ittoryu(escola de esgrima), aquele que conseguisse descobrir(apreender) o corte da vitória certa, sendo aiuchi (cortar e ser cortado), mas sem o ser, obteria imediatamente a licença para ensinar (menkyo), por mais iniciante que fosse. Isso mostra a máxima importância deste conheicmento, mesmo dentre todas as técnicas de espadas, ditas de mil mudanças e dez mil disfarces.

Acredita-se que o Aikidaiikkyo é a técnica que sempre está à altura de qualquer treino devido ao importante significado que traz. Desta vez penso em, nestes treinamentos que faremos, enfocar e pesquisar o assunto sobre este ângulo. Penso que (dessa forma), tanto o corte ittosetsudan ('corte de uma espada'), o omote-ura, o osae (chave) das mil mudanças e dez mil disfarces, e a atitude do nage tornar-se-ão mais claros.

Comentário do prof. Wagner Bull

Este texto mostra que Yamaguchi sensei também havia chegado à conclusão da importância do AIkido ser "kannagara no michi" (Caminho de Deus, Natureza), e de que o Aikido tem como máximo objetivo o "takemussu aiki". Quanto a Ikyo, pelo menos na minha interpretação, ele dá uma pista do porque praticar esta técnica, que é se manter a atitude de aiuchi no inicio do movimento. mas no final não ser golpeado evoluindo para "ainuke".

Aikido e psicologia

Hipnose, Hipnoterapia Ericksoniana e Aikido



(Publicado no American Journal of Clinical Hypnosis, volume 34, número 4, 1992)

Por Rod Windle (Eugene, Oregon, U.S.A.) e Michael Samko (Carlsbad, California, U.S.A.)

Traduzido1 por Leo Reisler (Terapeuta, Consultor em Administração de Empresas e Comunicação; 6º Grau Faixa-Preta e Shihan de Takemusu Aikido)



Inúmeros conceitos Ericksonianos chave encontram validação e aplicação intracultural na prática do Aikido, arte-marcial japonesa.

A condição de centrar psicofisiológicamente possui inúmeros atributos importantes com os estados de transe, particularmente nos aspectos da co-participação nesses estados. Na metodologia do Aikido em lidar com terceiros, integrar-se é um uma forma paralela à utilização Ericksoniana. A visão que o Aikido tem face à resistência oferece uma compreensão melhorada das abordagens estratégicas/Ericksonianas. O treinamento do terapeuta pode ser aprimorado combinando-se os princípios do Aikido com os métodos tradicionais.



O gênio de Milton Erickson e as suas contribuições para a hipnose e a psicoterapia têm sido validadas de muitas maneiras e de fontes as mais diversas. De uma infância marcada pela doença e a deficiência, Erickson seguiu a carreira médica e usou a sua mobilidade limitada para desenvolver um senso de observação extraordinário e agudo. Baseando-se no conhecimento derivado do seu senso de observação, desenvolveu a abordagem de utilização. Ele expandiu os métodos de tratamento com técnica de interrupção de padrões e pela sua aplicação criativa tanto no transe cliente/terapeuta quanto dentro das interações terapêuticas. Esses métodos de resolver conflitos intrapsíquicos tem paralelos diretos com os métodos de um sistema (aparentemente) pouco relacionado (com terapia) de resolver conflitos: a arte-marcial do Aikido.

O criador do Aikido, Morihei Uyeshiba (sic) (1883-1968), também teve uma infância fraca e doentia. Ele recuperou-se para passar mais de meio século estudando os caminhos dos guerreiros do Japão. Dos frutos do seu trabalho, ele distilou uma nova arte-marcial: o Aikido, (AI: harmonia; KI: energia vital; DO: caminho), ou um caminho de treinamento (literalmente, o caminho da harmonia com a energia vital universal), um método de autodefesa e resolução de conflitos poderoso, eficiente e não violento. O defensor toma sua posição no tatame2 . Ele está tranqüilo, mas alerta. As mãos estão ao seu lado. Ele não demonstra nenhuma pose defensiva exótica popularizada nos filmes de ação pelo cinema e a televisão. Um atacante avança contra ele, mas ele permanece calmo até o último instante. Segue-se um instante de inesperada intimidade entre as duas figuras durante o qual, o atacante e o atacado, parece fundir-se. O atacante é absorvido em um rodamoinho de movimento, e então é arremessado através do ar com pouco ou nenhum esforço por parte do defensor, que termina a manobra na mesma posição relaxada. (Leonard, 1973, pág. 7).

O Aikido possui uma efetividade que parece chegar ao limite do mágico. Os atacantes muitas vezes não tem nem noção de como foram arremessados até que se encontrem, perplexos, no chão. Durante a vida de Uyeshiba, muitos praticantes de arte-marcial do Oriente e do Ocidente o desafiaram, procurando testar o pequeno mestre. De forma geral, descobriram que não poderiam tocá-lo, a não ser que permitisse. Um perito em Judô conta: "O seu corpo era macio como seda quando eu o toquei inicialmente, e então, com um curto Kiai3 ele moveu-se levemente e eu voei (Takahashi, 1947, pág. 7).

A primeira vista, o vigor e a atividade física das arte-marciais pareceriam um mundo a parte das atividades plácidas da hipnose e hipnoterapia. Contudo, o Aikido tem semelhanças essenciais com a hipnose e hipnoterapia Ericksoniana, quando as duas artes operam utilizando variáveis decorrentes dos mesmos princípios básicos. A compreensão de uma arte complementa e realça o conhecimento e a aplicação da outra. Os dois sistemas desenvolveram-se em completo isolamento um do outro, em culturas radicalmente opostas e em pólos opostos do mundo. Esse desenvolvimento paralelo sugere a certeza da universalidade de certos conceitos Ericksonianos chave que não são restringidos quer por cultura quer por formas de aplicação. Esse conceitos chave e que tem paralelismo direto no Aikido, apresentados em termos Ericksonianos, são a utilização da resposta do paciente, o transe do terapeuta ou o transe compartilhado, e variações de interrupção de padrões. Utilização é o âmago da terapia Ericksoniana. Envolve a sensibilidade para, e a cooperação com os padrões cognitivos, emocionais e comportamentais do paciente. O transe do terapeuta é um fenômeno interpessoal no qual tanto o paciente quanto o terapeuta estão mutuamente afetando os estados de transe um do outro, embora o terapeuta mantenha o controle sobre o seu estado de transe. A interrupção de padrões é uma interrupção ou mudança nos padrões previsíveis e automáticos de comportamento ou resposta do paciente. Gilligan (1987) explora detalhadamente ambos os conceitos.

O valor de explorar-se as aplicações do Aikido a esse princípios essenciais encontra-se em duas áreas principais. Em primeiro lugar, as técnicas de treinamento do Aikido diferem substancialmente daquelas utilizadas no treinamento dos terapeutas ocidentais, e aí é onde pode ser valioso compreender como o Aikido sistematicamente treina os seus praticantes. Em segundo lugar, o Aikido oferece uma metáfora visual e cinestésica para a utilização da resistência e padrões de interrupção. Uma coisa é trabalhar com esse métodos no mundo mental, e bem outra observar o seu desenvolvimento no mundo físico.




Uma visão do Aikido



O Aikido é uma arte-marcial com um propósito determinado: resolver conflitos e auxiliar na unificação da humanidade (Uyeshiba, 1974). Um atacante, pela característica do seu quadro mental, é visto como desequilibrado ou sem harmonia com o que o cerca; está em um estado aflitivo (parecido com o de um paciente que procura um terapeuta para assistência). O Aikidoka4 treinado tem a opção de, utilizando a sua arte, infligir uma injúria ou a morte; portanto, o componente ético é um dos aspectos importantes do Aikido. O Aikidoka recebe a energia (ataque) oferecida, intergra a sua energia com ela, evitando toda a resistência, e leva o atacante aonde ele não tem outra escolha senão cair. Em especial, o Aikidoka é um adepto de primeiro evitar e então utilizar toda a resistência que possa ser oferecida. O seu forte é ser capaz de fazer isso sem ser envolvido em uma "luta" tanto mental quanto fisicamente.

O psicoterapeuta trata de assuntos de resistência idênticos no seu cotidiano, embora o seu trabalho fique confinado à esfera mental. É geralmente aceito que o terapeuta deva permanecer internamente calmo e focado nos seus paciente a fim de facilitar as mudanças. Contudo, a resistência do paciente pode tornar isso muito difícil; o terapeuta pode ser pego em sua própria raiva, negatividade e sentimento de impotência, e pode, inconscientemente, iniciar uma luta com os clientes em lugar de envolver-se com eles e utilizar as suas energias e colocações. O Aikido oferece um treinamento específico para criar e manter a calma interna face à violência e ameaças que vai além do que o treinamento tradicional de um terapeuta oferece. O Aikido também tem uma compreensão única e uma metodologia em tratar da resistência que podem auxiliar o terapeuta em seu trabalho nessa área.




Componentes Essenciais do Aikido: Centrar



No Aikido são ensinadas técnicas de arremesso, tal com as técnicas de indução ou resposta são ensinadas no treinamento do terapeuta. Contudo, durante o treinamento, é deixado muito claro que apenas as técnicas não são suficientes. O componente mais importante do Aikido não é a mecânica do movimento, mas o estado psicofisiológico do Aikidoka. Para praticar o Aikido de maneira eficiente, precisa-se entrar no estado específico de mente/corpo que é estar centrado. Esse estado de estar centrado inclui vários aspectos paralelos ao transe hipnótico, incluindo-se relaxamento profundo, resposta parasimpática, catalepsia de braço, falta de reflexos de surpresa, olhar não focado, e a distorção do tempo. Os Akidokas afirmam que esse estado centrado é um pré requisito para sentir-se um outro (o atacante) com bastante clareza e sensibilidade de maneira a reagir adequadamente.

O centrado do Aikido é um estado psicofisiológico que se enquadra perfeitamente com o esquema discutido por Rossi (1986). Rossi afirma que muitos fenômenos mentais e físicos, incluindo-se a hipnose, a amnésia, e o placebo ou curas "milagrosas", são exemplos da memória dependente de um estado, de aprendizado e de comportamento. Muitos desse estados nos são acessíveis e o que sabemos, pensamos, sentimos e lembramos, dependem de qual estado nós acessamos. O centrado do Aikido tem essas características de um estado psicofisiológico discreto: certas funções que são fundamentais para a performance do Aikido apenas são possíveis quando se está nesse estado centrado. Os escritores ocidentais tem sido imprecisos em descrever quais são os seus atributos enquanto realizam terapia ou hipnose. Uma das vantagens de investigar o treino do Aikido em centrar está em que os atributos desse estado, ou pelo menos a maior parte dos comportamento correlatos, foram claramente definidos. Esse atributos incluem:

1. Relaxamento físico, combinado com um postura equilibrada (nem rígida, nem mole).

2. Ombros soltos e uma ausência geral de excesso de contração muscular.

3. Perda do reflexo de surpresa.

4. Olhos "suaves" (com o uso simultâneo de foco e visão periférica).

5. Respiração lenta e diafragmática para dentro da seção abdominal do corpo.

6. Percepção aumentada das energias fluindo para dentro e para fora do corpo.

7. Percepção de si-próprio (self) e de outros sem julgamento e simultaneamente.

8. Aumento da habilidade de detectar dicas psicofísicas mínimas de outros.

9. Diminuição ou ausência de diálogo interno.

10. Espontaneamente (ou seja, subconscientemente/intuitivamente) gerar associações, idéias, ou compreensão sobre outros.



Exercícios de Treinamento para Desenvolver os

Estados de Centrado


A psicologia tradicional japonesa afirma que o centro físico e mental do corpo encontra-se em um ponto situado algumas polegadas abaixo do umbigo, em uma área conhecida como hara. Para criar um estado centrado, precisa-se inicialmente focar e manter-se alerta no hara. O nosso estado alerta irradia-se para fora a partir do hara, possibilitando-nos manter uma presença calma, descontraída enquanto que simultaneamente expandimos a nossa consciência para fora a fim de interagir e encontrar o mundo exterior. Paradoxalmente, achar esse ponto ancorador dentro de nós mesmos permite-nos uma conexão mais profunda com os outros. Um indivíduo em um estado centrado pode reportar uma sensação de conectividade com outros enquanto mantém a integridade de si-mesmo através de uma conexão com o hara.

O hara é também o centro físico do corpo, do qual os grupos de músculos mais importantes se irradiam para fora. No Aikido, todos os movimentos precisam originar-se e fluir suavemente do hara. Estar centrado em nosso hara é uma vivência tanto mental quanto física. A respiração é considerada como a ponte principal conectando mente e corpo. Portanto, foram desenvolvidos exercícios que incluem exercícios físicos, de respiração, e visualização a fim de guiar o praticante a um estado centrado.

Um dos exercícios mais importantes é uma técnica de respiração adaptada do prática do Misogi 5 , (literalmente purificação) japonês. Nessa respiração, o praticante senta-se ou fica de pé com a coluna ereta. Inicia como uma exalação através da boca, esvaziando lentamente os pulmões, visualizando soltar toda as tensões e energias indesejáveis. No final da exalação, dobrando-se ligeiramente na altura da cintura permite que o restante do ar saia suavemente. Endireitando-se novamente, o praticante inspira lentamente pelo nariz. Ele visualiza Ki (literalmente energia de vida) fluindo para dentro através da respiração, ao redor do topo da cabeça, descendo pela coluna, enchendo o hara e espalhando-se pelo resto do corpo.

Respirar dessa maneira permite um centrar mental e físico constante no hara e auxilia a execução da técnica do Aikido com uma atitude e requisitos de calma e relaxamento. Essa respiração produz um relaxamento usando o princípio da inibição recíproca: quando a respiração for lenta e regular, após um tempo, o corpo irá começar a relaxar-se. A respiração Misogi serve para um propósito duplo: age como uma "deixa", ou âncora, para um estado centrado; também auxilia o praticante a relaxar.

Como na hipnose, o relaxamento é um componente importante para esta centrado. Enfrentando um ataque com uma atitude relaxada envolve uma reestruturação cognitiva de como a pessoa normalmente responde ao estresse do perigo e da agressão. Selye (sic) (1976), descrevendo a Síndrome de Adaptação Geral, indica que quando os indivíduos enfrentam o estresse, demonstram uma reação de alarme: a ativação do sistema nervoso simpático que estimula a produção de epinefrina e noraepinefrina da medula adrenal. Isso leva a um elevado reflexo de surpresa, respiração acelerada, e um pulso elevado. No treino de Aikido, essa reação de alarme é despotencializada através de manter-se a atenção no hara, com uma "resposta automática" desenvolvida pela respiração, movimento, e exercícios de visualização tais como o Misogi.

Um outro aspecto do estado centrado envolve a visão do Aikidoka. O Aikido utiliza olhos "suaves": percebendo o mundo sem focar em qualquer item intensamente, eles suavemente percebem tudo o que há ao redor. O Aikidoka fica consciente da sua visão periférica bem como daquilo que está à sua frente. Isso permite ao Aikidoka observar tudo enquanto está preocupada com nada e se permite reagir em resposta às modificações sutis do seu campo visual que de outra maneira não perceberia.

Distorção de tempo é também uma outra faceta do estado centrado. Durante ataques rápidos, os praticantes informaram que tem a impressão de que os seus atacantes se movem em "câmera lenta", dando-lhes todo o tempo para responder. Ao contrário, quando os praticantes perdem o estado centrado e ficam preocupados com a reação de alarme do corpo, eles relatam que torna-se muito difícil reagir porque os ataques parecem vir com muita velocidade, sobretudo quando realizados por vários atacantes.

O estado centrado é mais do que um estado de auto-envolvimento e auto-orientação; serve também como um meio fundamental de contato com outros. A expressão centrado é conhecida no Japão como "ki estendido" e é compreendida como uma extensão externa da nossa energia vital a fim de interagir-se com outros.

"Perceber o agora" é um exemplo do treinamento do "ki estendido". Estudantes sentam-se lado a lado no tatame e procuram manter o estado centrado, observando um outro estudante que esteja pronto para atacar. No momento em que sentem a intenção do ataque (mas antes da demonstração de qualquer movimento), eles exclamam "agora!". Pesquisa demonstrou que há intervalo de aproximadamente 1/3 de segundo entre o pensamento e a ação (Hayward, 1984). Portanto, exercícios tais como esse podem ser considerados como mais do que apenas ponderações. Muitas "dicas" subliminares podem estar colaborando, que podem ser sentidas quando o praticante está centrado. Os japoneses diriam apenas que nós contatamos o ki do outro.

Um dos últimos atributos do estado centrado, estendendo ki, pode se referir ainda a uma extensão focada e centrada. Utilizada dessa forma, o braço ou qualquer outra parte do corpo de um Aikidoka pode tornar-se firme e não dobrável, como no fenômeno da catalepsia de um braço.

Para obter esse foco, Aikidokas freqüentemente praticam um exercício chamado de "braço indobrável". O praticante relaxa, respira profundamente no hara e permanece de pé de forma equilibrada. Ele visualiza o braço como se fosse uma mangueira de incêndio pelo qual o ki, como água, flui através dele. Ele descobre que se permanecer relaxado e continuar a visualização, o seu braço não poderá ser dobrado no cotovelo. Na realidade, o braço é sentido como se nada estivesse ocorrendo, mesmo quando uma pessoa mais forte tenta dobrá-lo. O Aikidoka pode mexer os seus dedos, conversar, ou cantar uma canção. Contudo, se abandonar a visualização e resistir, usando conscientemente a força muscular, ele percebe que o seu braço poderá ser dobrado facilmente. Em Aikido, o braço indobrável tem um significado prático importante: é utilizado para passar por um atacante, proteger a cabeça ou o corpo em uma queda. Após a prática, o braço poderá tornar-se indobrável em qualquer posição, funcionando tal qual uma sugestão pós hipnótica bem implantada.



Erickson, Transe Terapêutico e Centrar



Observando-se Erickson trabalhar, percebe-se que muitas das suas respostas fisiológicas eram síncronas as dos seus pacientes. O corpo, a voz e a respiração de Erickson mudavam durante o desenvolvimento da indução hipnótica. Os seus olhos pareciam em transe e fora de foco também durante as suas sessões de aula. Os estudantes descreviam a sensação de que ele parecia olhar através deles. Tal como um mestres de Aikido, Erickson usava estados específicos de mente e corpo para ficar sintonizado às sutilezas da percepção. Erickson, conversando o transe terapêutico com Rossi, relembra:

Realizando trabalho terapêutico experimental com hipnose em uma pessoa no laboratório, eu percebia que estávamos a sós. A única coisa presente era o sujeito , o aparelho que eu estava utilizando para registrar o seu comportamento, e eu... Eu descobri que estava em transe com o meu sujeito... Atualmente, quando fico em dúvida sobre a minha capacidade de ver coisas importantes, eu entro em transe. Quando há um assunto crucial com o paciente e eu não quero perder nenhum detalhe, eu entro em transe. (Erickson& Rossi, 1977, pág. 42).



Stephen Gilligan (1987) especifica um procedimento para o desenvolvimento de o transe compartilhado ou do terapeuta. Ele inclui uma seção sobre o contato ocular que é similar aquele do olhar "suave" do Aikidoka, fala da necessidade de respirar regularmente e sem constrição, cobre a necessidade de relaxar a tensão interna, e, em geral, cobre muitos aspectos do estado centrado do Aikido.

Outros terapeutas, tais como Rogers (1961), Freud (1915) e Deikman (1982), tem ressaltado ocasionalmente o assunto do estado interno do terapeuta, algumas vezes de forma similar ao estado centrado e algumas vezes de forma a que parece bastante diferente. Contudo, os atributos dos específicos estados mental e físico do terapeuta não tem sido assuntos de uma preocupação ou foco maior.



Componentes Essenciais do Aikido:

Integração (blending)



Integrar-se tem sido descrito resumidamente com um fluir conjuntamente da energia ki do Aikidoka com aquela do atacante. Integrar em Aikido é semelhante à utilização nas induções de transe ou terapias.

Haley (1967) definiu o conceito de Erickson de utilização como uma aceitação inicial e cooperação com o comportamento atual do paciente, não importando o quão adversa esse comportamento possa parecer. A terapia torna-se então um processo de aceitar a forma de funcionamento do paciente (não necessariamente concordando com ela) e simultaneamente ajudando o paciente a forjar uma nova direção. Uma metáfora apta a descrever esse processo é redirecionar um rio ou córrego de tal forma que a sua própria força seja utilizada para cortar um novo canal. Haley cita do livro de Erickson "A Hypnotic Technique for Resistant Patients" (Uma Técnica Hipnótica para Pacientes Resistentes):

Há inúmeros tipos de pacientes difíceis que procuram a psicoterapia e são claramente hostis, antagônicos, resistentes, ofensivos e apresentam toda a aparência de não querer aceitar a terapia que eles vieram buscar... tal resistência deveria ser aceita abertamente, aliás, graciosamente aceita, uma vez que é vitalmente importante como forma de comunicação da parte dos seus problemas e muitas vezes pode ser utilizada para quebrar as suas defesas. Isso é algo que o paciente não percebe; ele pode, na verdade, estar emocionalmente perturbado já que freqüentemente interpreta o seu comportamento como incontrolável, desagradável, e pouco cooperativo em lugar de uma exposição informativa sobre as suas necessidades mais importantes. O terapeuta que percebe isso, particularmente eficaz em hipnoterapia, pode fácil e rapidamente transformar essas formas aparentemente pouco cooperativas em um bom relacionamento (rapport), um sentimento de ser compreendido, e uma atitude de expectativa esperançosa de alcançar os objetivos procurados de forma bem sucedida. (Haley, 1967, pág. 536)

Na integração do Aikido, a energia do ataque de um oponente nunca é rejeitada ou resistida. O Aikidoka mantém a posição mental de dar "boas vindas" ao ataque, tanto como uma oportunidade para restaurar a harmonia quanto a uma chance de praticar a arte. Um importante reenquadramento (reframing) acontece na mente do Aikidoka: a noção usual de que um ataque seja algo amedrontador e perigoso é substituída por uma aceitação e apreciação, tal como descrita no parágrafo anterior. Em ambos os casos, o praticante observa a resistência não como um problema do qual desejamos fugir, mas sim como uma "energia crua" essencial que pode levar a soluções finais. Essa aceitação da resistência significa que deve-se permanecer flexível na adaptação do que está ocorrendo. A rigidez na integração de um Aikidoka apenas serve para limitar o seu raio de resposta. Uma integração incompleta apenas resultará em uma técnica falha, porque não utiliza completamente a energia do atacante para o arremesso. A indução ou intervenção terapêutica também poderá ser falha se não utilizar as habilidades e necessidades interiores do paciente; a intervenção poderá resultar em um conflito de metas em algum momento da terapia. Similarmente, os praticantes Ericksonianos afirmam que a produção de transes hipnóticos é mais eficiente se os processos mentais, imagens, e tempos do paciente são utilizados, em lugar de ter imagens descritas ou ser informado do que fazer.


O Treinamento na Perícia de Integração em Aikido


O treinamento na perícia de integração, tal como centrar, ocorrem em ambos os níveis, físico e mental. No exercício de "girar", dois Aikidokas ficam face a face; em três passos girando, eles passam face a face, quase se tocando. Eles terminam de frente um para o outro, apenas tendo trocado de lado. Após inúmeras repetições, os dois começam a funcionar como duas metades de um mesmo organismo, operando em perfeita sincronicidade, "como um imã mudando a polaridade" (Leonar, 1973, pág. 18)

Em um nível mais elevado de treinamento, há um grupo de técnicas conhecidas como "kokyu-nague" (literalmente, arremesso da respiração). Neles, o Aikidoka move-se em resposta ao ki do oponente, entrando de tal forma que o corpo do atacante é tirado de centro e cai sem qualquer contato físico. Técnicas como essa demonstram a aplicação sofisticada da integração e direção face a uma energia de resistência.

Integrar no Aikido é a forma mais simples e eficaz de controlar sobre a energia e o corpo físico de um oponente; similarmente é uma ferramenta eficaz para induzir transe em hipnose e produzir modificações em terapia. Aikido oferece um quadro conceitual que auxilia na compreensão do porque integrar e utilizar são eficazes. O princípio pode ser definido de forma simples: força procura força. Isso significa que um indivíduo não treinado imediatamente reagirá oferecendo resistência quando lhe for aplicada uma força. Se o seu pulso for agarrado, ele imediatamente procurará puxar o seu pulso. Se o seu colarinho for agarrado, ele tentará empurrar ou puxar com o seu peito ou tentará virar o seu peito para fora da pegada. A mente do indivíduo é naturalmente dirigida para o ponto de contato, e desse ponto de contato deriva a resistência. A reação de alarme de Selye (acima) serve novamente como um modelo útil para descrever a resposta fisiológica. Contudo, essa força de reagir à força apenas resultará em uma competição de vontades, apoiada na força física. Da mesma forma, o terapeuta que se confronta diretamente com a resistência ou responde a ela sem utilizá-la se encontrará em cabo-de-guerra.

Aikido é um processo de não ser envolvido em um cabo-de-guerra ou conflito. Não confrontando diretamente ao ataque (resistência), não ativando uma resposta força contra força, um Aikidoka ganha a habilidade de controlar o movimento e o equilíbrio do oponente. O movimento do Aikidoka, quando ocorre, se faz de tal maneira que se integra completamente com a energia do outro. Quando, de fato, ocorre uma mudança de direção, ela é realizada de tal forma que o atacante não sente força ou mudança até que seja tarde demais. Ele já foi conduzido a uma condição de desequilíbrio onde uma resistência é impossível.



Integração, Resistência e Interrupção de Padrão



Há um paralelo muito próximo entre como um Aikidoka cuida de um ataque e os métodos mais eficazes de utilizar a resistência na produção de um transe e em psicoterapia. A resistência pode ser vista simplesmente como nada mais complexo do que o paciente empurrando de volta mentalmente contra a força ou a direção que ele percebe vinda do terapeuta. O contexto da experiência do paciente está, de alguma forma, em cheque com as idéias do terapeuta, e assim, naturalmente, o paciente resiste a essa mudança de direção que ele percebe como uma força o afetando. Aí, o princípio força procura força está em ação, com as resultantes psicológicas correlatas. O terapeuta que compreende isso poder guiar o paciente ao sucesso sem resistência.

Para utilizar esse princípio, o terapeuta precisa operar de uma forma que não ative uma reação força procura força dos seus pacientes. Isso significa, de forma geral, que ele precisa mover-se de algum ponto diferente do ponto de contato. Em termos terapêuticos, ele precisa proceder indiretamente, ou que ele precisa despotencializar resistências antes de mover-se diretamente. Se o paciente não pode sentir modificações como forças vindas do terapeuta, ele resistirá menos. Portanto, se a mudança for sugerida simbólica ou metaforicamente, se for apresentada de maneira embutida ou de alguma forma que confunda ou enfraqueça a resposta força procura força, então a mudança ou sugestão será muito mais facilmente aceita pelo paciente.

Erickson fez uso freqüente da confusão em transe e terapia para quebrar os padrões usuais dos pacientes de processar as suas experiências. Similarmente, o Aikido interrompe o padrão usual de força procura força movendo-se de força inusitada. O desequilíbrio resultante do paciente ou do atacante faz com que uma resistência seja mais difícil permitindo que tanto ambos os praticantes conduzam para uma direção diferente, facilitando novas possibilidades e padrões. Ambas as disciplinas confundem pela falta de uma "força" presente, pela ausência de uma reação familiar de retornar ao confronto, conflito e resistência. Essa confusão tende a suavizar o foco ou rigidez de um ataque, ou padrão contextual intrapessoal. O poder para mudar é então aplicado indiretamente, longe do foco de consciência do contato.



Conclusão



A eficácia do Aikido existe muito em função do estado centrado do Aikidoka, agregado à sua facilidade de integrar com o atacante, e com a sua gama de técnicas. Na hipnose Ericksoniana, o transe compartilhado ou do terapeuta é algumas vezes considerado tão importante quanto no Aikido, mas a sua utilização e interrupção de padrões são explorados mais freqüentemente e com maior ênfase.

O transe do terapeuta tornou-se importante apenas recentemente em alguns círculos. A filosofia de Erickson e o estilo de ensino indicam que ele compreendeu o valor do terapeuta em encontrar-se em um estado flexível, receptivo e reativo. Ele demonstrou que a hipnoterapia poderia ser facilitada se o terapeuta pudesse utilizar o seu próprio transe ou estado alterado.

Aikido provê um quadro conceitual e prático para o uso de estados alterados em um contexto relacional. Os métodos específicos de treinamento em centrar tem fundamentos para o treinamento de terapeutas e na utilização eficaz da hipnose. O clínico que compreende perfeitamente que níveis múltiplos de percepção (awareness) estão disponíveis e são desejáveis durante o transe e a terapia poderão perceber que os métodos do Aikido tem um grande valor em acessar o seu estado "optimum". Ele poderá utilizar "dica" ou "dicas" para acessar comportamentos dependentes (state-dependent), que podem ser úteis durante a observação do paciente, para desanuviar a sua mente de um paciente ao outro, durante encontros terapêuticos estressantes, ou gerando soluções para problemas.

Aikido também pode carregar a promessa de ser um sistema útil na compreensão da utilização de resistência em hipnose e terapia. Um treinamento adaptado do que o Aikido oferece poderia facilitar métodos de antecipar e evitar choques improdutivos de poder nos encontros terapêuticos. A natureza visual e cinestésica do Aikido provê aos estudantes da mente canais sensoriais adicionais para observar e interagir com os fenômenos que normalmente são verbais ou minimamente visuais.

Erickson e Uyeshiba parecem ter corroborado cada um com a descoberta do outro em princípios de grande poder e aplicações múltiplas. Continuando a fertilização cruzada de metodologias e culturas podem levar a uma compreensão maior das bases essenciais do comportamento e mudanças humanas oferecendo aos terapeutas ferramentas e métodos de treinamento mais precisos com os quais possam trabalhar.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Samambaia e o Bambu

A Samambaia e o Bambu


Certo dia decidi dar-me por vencido.
Renunciei ao meu trabalho, às minhas relações, e à minha fé.
Resolvi desistir até da miccnha vida.
Dirigi-me ao bosque para ter uma última conversa com Deus.
“Deus, eu disse:
Poderias dar-me uma boa razão para eu não entregar os pontos?”
Sua resposta me surpreendeu:
“Olha em redor Estás vendo a samambaia e o bambu?”
“Sim, estou vendo”, respondi.
Pois bem. Quando eu semeei as samambaias e o bambu, cuidei deles muito bem.
Não lhes deixei faltar luz e água.
A samambaia cresceu rapidamente.
Seu verde brilhante cobria o solo.
Porém, da semente do bambu nada saía.
Apesar disso, eu não desisti do bambu.
No segundo ano, a samambaia cresceu ainda mais brilhante e viçosa.
E, novamente, da semente do bambu, nada apareceu.
Mas, eu não desisti do bambu.
No terceiro ano, no quarto, a mesma coisa…
Mas, eu não desisti.
Mas… no quinto ano, un pequeno broto saiu da terra.
Aparentemente, em comparação com a samambaia, era muito pequeno , até insignificante.
Seis meses depois, o bambu cresceu mais de 50 metros de altura.
Ele ficara cinco anos afundando raízes.
Aquelas raízes o tornaram forte e lhe deram o necessário para sobreviver.
“A nenhuma de minhas criaturas eu faria um desafio que elas não pudessem superar”
E olhando bem no meu íntimo, disse:
Sabes que durante todo esse tempo em que vens lutando, na verdade estavas criando raízes?
Eu jamais desistiria do bambu.
Nunca desistiria de ti.
Não te compares com outros”.
“O bambu foi criado com uma finalidade diferente da samambaia, mas ambos eram necessários para fazer
do bosque um lugar bonito”.
“Teu tempo vai chegar” disse-me Deus.
“Crescerás muito!”
Quanto tenho de crescer? perguntei.
“Tão alto como o bambu?” foi a resposta.
E eu deduzi: Tão alto quanto puder!
Espero que estas palavras possam ajudar-te a entender que Deus nunca desistirá de ti.
Nunca te arrependas de um dia de tua vida.
Os bons dias te dão felicidade.
Os maus te dão experiência.
Ambos são essenciais para a vida.
A felicidade te faz doce.
Os problemas te mantêm forte.
As penas te mantêm humano.
As quedas te mantêm humilde.
O bom êxito te mantém brilhante.
Mas, só Deus te mantém caminhando...

Deus te ama!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Videos - Seminario do Doshu Moriteru Ueshiba na Argentina






Titulo: Doshu Moriteru Ueshiba - Buenos Aires - Junho de 2006
Tamaño:674.96 MB
Formato: avi
Duracion: 1 hora 10 min 45 seg
Idioma: Castellano
Subtitulos: no
Descarga: Megaupload

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Videos - Shin Shin Toitsu Aikido - Koichi Kashiwaya




Titulo: "Shin shin Toitsu Aikido" - Linha Tohei
Formato: AVI
Tamaño: 349.5 MB
Duracion: 52 min 18 seg
Idioma: Ingles
Subtitulado: no
Descarga: http://www.megaupload.com/?d=PIRO3Z18

sábado, 15 de maio de 2010

Aprendizagem

Seis passos para a aprendizagem das artes marciais

A actividade humana de aprendizagem tem sido ao longo de décadas exaustivamente analisada por muitos grandes pensadores, o que incluiu alguns notáveis artistas marciais.

Um excelente exemplo foi o Dr. Jigoro Kano, fundador do Judo Kodokan. Ele foi também um educador muito famoso na sociedade japonesa. Muitos dos aspectos técnicos e os métodos resultantes de ensino (bem como a taxonomia das técnicas), do Judo é uma consequência directa do entendimento do Dr. Kano dos "Passos" no "Processo de Aprendizagem". Inúmeros professores de artes marciais muitas vezes salientaram que antes de você se poder defender com técnicas apropriadas, primeiro você deve "conhecer a sua arte marcial".

Há "três verdades básicas" na aprendizagem de uma arte marcial:

  1. Você deve conhecer as técnicas de sua arte, antes que ela a ajude na auto-defesa.
  2. Velocidade não vai ajudar se você não conhece as técnicas de sua arte.
  3. Conhecimento fornece flexibilidade diante do inesperado.

  1. OBSERVAÇÃO: Um estudante de artes marciais deve incidir sobre todos os elementos-chave essenciais dos pontos de ensino do seu professor (Explicação e Demonstração). Começar a tentar uma técnica sem a observação cuidadosa, irá muitas vezes causar erros ou maus hábitos numa fase prematura do processo de aprendizagem. Esses erros ou maus hábitos podem causar atrasos e possivelmente lesões aos participantes quando não está incluída a observação cuidadosa na aprendizagem das artes marciais. Vale a pena mencionar que o aluno deve assistir a todos os aspectos da técnica, tanto os que o seu professor explica bem como aqueles que ele não pode explicar. Certos elementos de cada técnica, como o tempo e distância não são fáceis de explicar, mas devem ser observados pelo olho "vigilante" de um aluno astuto e dedicado.
  2. PERSEVERANÇA: Qualquer estudante de artes marciais deve apresentar um forte sentido de perseverança em seus estudos. Como o seu professor certamente irá dizer-lhe, são necessários muitos passos para escalar uma montanha. O mesmo é verdade no estudo das artes marciais. Na maioria dos casos, existem caminhos específicos ou passos que devem ser seguidas. Aprender uma técnica completamente significa geralmente, dar o tempo necessário para permitir que o conhecimento e habilidade frutifiquem e lembre-se, todos aprendem em velocidades diferentes.
  3. CONHECIMENTO TÉCNICO: aprender artes marciais exige ter um instrutor qualificado. Os estudantes devem ter o tempo para "ouvir" o que seu professor explica de forma a ganhar um entendimento completo de cada técnica. Este elemento crítico é muito importante e não pode ser "acelerado" no processo. Aprender o "porquê", "o quê" e "como" de cada técnica permite ao aluno a oportunidade de compreender tanto o aspecto técnico, bem como a fundamentação filosófica das artes marciais.
  4. REPETIÇÃO: é onde tudo acontece. Por forma a podermos aprender a maioria das técnicas das artes marciais, devemos em primeiro lugar esperar concluir vários milhares de repetições, em seguida, continuar a praticar durante toda a vida. Você deve dominar uma técnica para o nível de "reacção automática", se você pretende realmente aprender as artes marciais. Lembre-se," Aprender é um modo de vida, ou uma estrada a percorrer ", não um fim ou destino.
  5. EXPERIMENTAÇÃO: Após a repetição, vem a experimentação. Depois de ter ganho a habilidade e confiança com uma técnica, é importante a experiência com diversas situações em que a técnica poderia ser utilizada em auto-defesa. Sob a orientação de seu professor, você deve experimentar com diferentes variações e combinações de cada técnica de artes marciais para ganhar uma maior profundidade de compreensão e conhecimento.
  6. AUTO-AVALIAÇÃO: Como estudante de artes marciais, você será avaliado pelo seu professor em muitos aspectos do seu crescimento ". O "aspecto técnico" de sua formação, embora importante, é apenas um aspecto para o seu crescimento. Enquanto você aprende e progride para graduações mais elevadas, é esperado que auto-avalie a sua atitude, habilidade técnica, a sinceridade e representação da arte marcial. Perguntas como: "Será que a técnica é prática para mim?" "Será que resulta para pessoas de diferentes alturas ou peso?" "Quais são os limites que eu tenho?" "Posso demonstrar e ensinar a técnica correctamente"? etc

Nota: Cada etapa do "processo" está ligado e cada passo leva ao próximo nível. Aprender uma arte marcial é uma longa aventura que pode gerar uma grande satisfação pessoal e fornece bases para aperfeiçoar o carácter humano.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Makoto

MAKOTO

É um vocábulo japonês que engloba acepções de sinceridade, fidelidade, honestidade, constância, devoção, franqueza, pureza e autenticidade.

Considero extremamente necessária a prática dessas virtudes.

Quem possui MAKOTO respeita e cumpre, acima de tudo os seus compromissos. O desempenho correto da obrigações assumidas, embora não seja considerada como uma atitude relevante para a maioria das pessoas, é de suma importância para o homem de fé. O não cumprimento de um dever acaba sendo uma espécie de delito porque é uma maneira de enganar os outros.

Geralmente, o que mais costuma ser menosprezado num compromisso é o horário. Quando alguém deixa de ser pontual, está, de fato, causando aborrecimento e irritação àqueles que ficam esperando.

Há um provérbio antigo que chama a atenção para esse sentimentos: "É bom ser esperado; desagradável é esperar ". Daí a importância de se ficar atento a expectativa do próximo. Quem não se preocupa com esses pequenos detalhes, não tem Makoto. Ainda que possua muitas outras qualidades pouco valor terá, senão tiver sensibilidade e respeito em relação aos horários assumidos.

Portanto, quem tem fé e acredita na força criativa do unierso não pode menosprezar o rigoroso cumprimento das obrigações. Se não puder, acima de tudo, pôr em prática esse preceito, está reprovado na sua forma de praticar.

Guardem, pois, essa verdade bem no fundo do coração para que nunca seja esquecida.

Quem não compreende e pratica "makoto" nunca aprenderá Aikido na forma que O Sensei o ensinou.

Quem não é sincero, engana só a si.

O homem que depende da malicia para conseguir as coisas, está nas trevas e não tem consciencia disto!!!!!!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Apresentação de Aikido

Nesta proxima sexta havera mais uma apresentação de Aikido, desta vez será no Colégio Amparo ás 18:30 em frente a praça Centenario, no Farol, Estão todos convidados.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Importância do UKEMI e UKE no Aikido


Materia envida por Dennis.

Nas aulas, há muito empenho em assimilar os movimentos que o Sensei mostra. Quase ninguém se preocupa em observar quem recebe a técnica. Antes me perguntava será que o Sensei está com raiva de mim? Me chama com freqüência para ser uke, depois percebi a evolução que isso me trazia dentro do Aikido.  Aikido é a arte da não-resistência. É preciso que se aprenda a lidar com a vontade do outro. Percebê-la e respeitá-la, pois não existe verdadeira harmonia através da dominação. Não há diálogo e crescimento quando uma idéia é imposta. Desta forma, nague não é aquele que domina o oponente pelo fortalecimento de sua técnica, executando de modo absoluto um movimento que parta de sua vontade. Tampouco uke guarda o significado daquele que se entrega à condução por inferioridade de condição, ou por ausência de vontade. A postura deve ser constantemente praticada pelo aikidoísta, tanto conduzindo como sendo conduzido. Existe sempre um pouco de uke no nague, e vice-versa. Assim como no símbolo do TAO, a essência yin nasce no ambiente yang, e a yang no ambiente yin.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pergunte ao Sensei

Ai vai a 1 pergunta Sensei: Durante seu aprendizado qual a tecnica que lhe deu mais trabalho de ser aprendida.

Pergunte ao Sensei

 
 Em conversa com nosso Sensei Vergetti, tivemos a ideia de criar esse canal de comunicação onde os alunos possam fazer perguntas atraves do blog, e-mail ou ate mesmo no dojo e serem repondidas e postadas aqui para que todos possam ter acesso a mais essa fonte de informação sobre a nossa arte.